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lunes, 27 de diciembre de 2010

Soneto da Separação

De repente
Do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das mãos unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente
Da calma fez-se o resentimento
e do momento imóvel fez-se o drama
De repente
Não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E do sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente
Não mas que de repente

- Vinicius de Morais

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