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jueves, 24 de febrero de 2011

MEDITAÇÃO, a primeira e última liberdade

 Da mesma forma que a ciencia e a tecnologia que transformam as nossas vidas exteriores tem sido maioritariamente um fenômeno ocidental, o oriente forneceu a principal fonte da ciencia que pode transformar as nossas vidas interiores. A semelhança de uma lâmpada a meditação  é um fenômeno universal - uma ilumina o nosso mundo exterior, a outra o mundo interior.
  Na sua essência, meditação é a arte de estar consciente, consciente do que ocorre dentro de nós e à nossa volta.

  A meditação baseia-se num conceito simples: em vez de lutar contra a escuridão - o que de qualquer forma é impossível -, ligue a luz. Ao invés de lutarmos contra nós mesmos, de tentarmos melhorar, ao tentar viver de acordo com as idéias das outras pessoas sobre quem somos ou o que deveríamos ser, podemos começar por simplesmente nos aceitarmos como somos.
  Osho relembra muitas vezes às pessoas que se a existencia as convidou para estarem aqui, de que mais precisam para se aceitarem a si próprias tal como são?
... assim que paramos de fingir ser outras pessoas que não somos, assim que deixamos de nos esforçar para impressionar os outros (que estão igualmente a esforçar-se para impressionar-nos), assim que deixamos de tentar defender-nos, de nos justificarmos..., assim que paramos de tentar ocultar as nossas feridas, inclusive de nós mesmos, e as abrimos ao ar e à luz, a cura ocorre por si só.

  E a liberdade? Não há maior liberdade do que sermos o que é suposto ser. Não há maior liberdade do que sermos livres das expectativas das outras pessoas, sermos capazes de viver nossas vidas espontaneamente, com consciência.
  E o último paradoxo da meditação é que só quando finalmente aprendemos a amar-nos a nós próprios - na realidade, apenas  quando aprendemos a amar-nos a nós mesmos - é que somos capazes de partilhar esse amor com outros. Mas primeiro temos que começar por nós.

A meditação é aventura, a maior aventura que a mente humana pode empreender. A meditação é somente ser, não fazer nada - a ausência de ação, ausência de pensamento, ausência de emoção. Apenas se está e isso constitui um deleite maravilhoso. 
De onde provém este deleite quando não se esta a fazer nada? Provém de parte nenhuma ou provém de toda parte.É desprovida de causa, porque a existencia é feita da matéria chamada alegria.

- Osho 



domingo, 13 de febrero de 2011

A gente começa a amar
por simples curiosidade
por ter lido num olhar
certa possibilidade

E, como no fundo, a gente
se quer muito bem
ama quem ama somente
pelo gosto igual que tem

Pelo amor de amar começa
a repartir dor por dor
e se habitua depressa
a trocar frases de amor

E, sem pensar, vai falando
de novo as que já falou
e então continua amando
só porque já começou.

- Paul Gerardy

domingo, 6 de febrero de 2011

Quando o amor te chamar, segue-o,
 embora teus caminhos sejam agrestes e escarpados.
 E quando ele te envolver com suas asas, cede-lhe,
 embora a espada oculta em sua plumagem possa ferir-te.
E quando ele te falar, acredita nele,
 embora sua voz possa despedaçar teus sonhos
 como o vento que devasta o jardim. 
O amor nada dá de si próprio 
e nada recebe de si próprio.
O amor não possue e não se deixa possuir,
 pois o amor basta a si mesmo. 
Se contudo, amas e precisas ter desejos,
 que sejam estes teus desejos:
de te diluir no amor e ser como um riacho que canta sua melodia para a noite,
de conhecer a dor de sentir ternura demasiada,
de acordar com o coração atado 
e agradecer por mais um dia para amar.

- Kalil K. Gibran