Quando o amor te chamar, segue-o,
embora teus caminhos sejam agrestes e escarpados.
E quando ele te envolver com suas asas, cede-lhe,
embora a espada oculta em sua plumagem possa ferir-te.
E quando ele te falar, acredita nele,
embora sua voz possa despedaçar teus sonhos
como o vento que devasta o jardim.
O amor nada dá de si próprio
e nada recebe de si próprio.
O amor não possue e não se deixa possuir,
pois o amor basta a si mesmo.
Se contudo, amas e precisas ter desejos,
que sejam estes teus desejos:
de te diluir no amor e ser como um riacho que canta sua melodia para a noite,
de conhecer a dor de sentir ternura demasiada,
de acordar com o coração atado
e agradecer por mais um dia para amar.
- Kalil K. Gibran
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